No dia 25 de abril, comemora-se o Dia do Contador. Não por acaso, o padroeiro da profissão é São Mateus, um apóstolo que antes de se dedicar à evangelização exercia a atividade de publicano, ou seja, cobrador de rendimentos públicos, uma categoria de gente rica que arrematava em leilão o direito à cobrança dos impostos nas diversas províncias romanas.
Regulamentada pelo decreto 9295 de 1946, e mais tarde aperfeiçoada, em 2010, pelo decreto 12249/2010 a profissão de contador tem suas atribuições definidas pela resolução 560, de 1983, do Conselho Federal de Contabilidade. Para a prática de sua atividade profissional, o contador necessita ter formação cultural sólida e diversificada, pois os pareceres, os relatórios e as demonstrações contábeis realizadas sob sua responsabilidade, são elementos indispensáveis à orientação e fundamentação de decisões tomadas pelos dirigentes de empresas tanto públicas como privadas.
Curiosamente, no Brasil, a data marca também a criação, em 1945, do curso de Ciências Contábeis. Um dos primeiros cursos superiores em Contabilidade instalados no Brasil foi acolhido pela UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais; mais tarde, Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas de Minas Gerais, hoje denominada: Faculdade de Ciências Econômicas -, onde em 1953, o curso passou a ser chamado de Ciências Contábeis.
Atualmente, o antigo guarda-livros ganhou o título de Bacharel em Ciências Contábeis. Também se pode atribuir o título de Técnicos de Contabilidade aos que têm formação de nível secundário. O exercício da profissão pede conhecimentos aprofundados de planejamento, coordenação, controle, análise e interpretação das informações econômico-financeiras e patrimoniais.
Até a década de 80, os contadores gerenciais ficavam longe do centro de decisões e tinham pouco contato com os outros departamentos, não participando do processo decisório e sendo informados posteriormente das que haviam sido tomadas. Hoje, porém, o papel do contador gerencial sofreu profunda transformação, pois um número crescente desses profissionais se dedica quase integralmente à consultoria interna ou analise de negócios, dentro de suas próprias empresas, terceirizando seus serviços.
O avanço da informática também tem liberado os contadores gerencias dos trabalhos rotineiros de contabilidade, razão pela qual eles podem disponibilizar mais tempo para os relatórios, análise e interpretação das informações do mercado. A maioria deixou o isolamento para atuar dentro dos departamentos operacionais, interagindo com os demais segmentos comerciais, administrativos e financeiros e participando das decisões finais que norteiam as atividades das empresas.

Dessa forma, o profissional contador tornou-se um dos elementos mais importantes dentro de uma organização, a ponto de ser considerado imprescindível a rotina e ao desenvolvimento das corporações. Sua atuação num mercado cada vez mais competitivo e complexo exige pré-requisitos pessoais fundamentais como: habilidade e boa comunicação oral e escrita, controle e liderança para trabalhar em equipe, capacidade de análise detalhada, sólida experiência em contabilidade e conhecimento aprofundado da atividade comercial, como um todo; além de intuição para detectar os problemas possivelmente existentes na empresa e saber orientar na melhor solução.
Até julho de 2006, o Conselho Federal de Contabilidade apurou, no Brasil, a existência de 394.629 contabilistas e 64.863 organizações contábeis ativas. O que significa que, ao longo do tempo, o trabalho tornou-se fundamental e os contadores passaram de funcionários burocratas para parceiros estratégicos das empresas.
Essa conquista vale uma homenagem a todos aqueles cujo dinamismo, a eficiência e a lucidez fazem da profissão um motivo de orgulho para todos nós.
Parabéns companheiros Contadores!
Escrito por: Fabricio Salvaterra